
Prevenção do suicídio
Embora pouco se fale a respeito, o suicídio é mais comum do que se imagina em todo o mundo. No Brasil, já se tornou um problema de saúde pública com o registro de aproximadamente 9 mil suicídios por ano ou uma morte a cada hora.
O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio, instituído desde 2003 e nesse pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse ano de 2016 o seu lema é “Conectar, Comunicar, Cuidar” – Estamos todos tão conectados pelas redes sociais, por que não abordar esse tema? O objetivo dessa campanha internacional é prevenir o ato do suicídio, mediante a adoção de estratégias pelos governos dos países e há vários setores engajados nessa luta para a prevenção
Vale frisar que os números têm aumentando principalmente entre a população jovem. O suicídio é a terceira causa morte entre homens com idade de 15 a 29 anos e os distúrbios mentais estão associados a praticamente 100% de todos os suicídios registrados no país, contudo, embora o transtorno psiquiátrico seja condição necessária não é suficiente para o comportamento suicida.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) está atenta a este problema de saúde pública e acredita que poderia ser atenuado, se os profissionais que atuam na saúde mental fossem mais bem capacitados e se os serviços de emergência, funcionassem de maneira adequada.
Na área de prevenção é necessário desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação e de proteção e de recuperação da saúde. Na área de informação são necessárias ações de comunicação e de sensibilização da sociedade de que o suicídio pode ser prevenido.
É fundamental que se organize uma linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção para garantir o acesso às diferentes modalidades terapêuticas. Para qualificar o atendimento, o governo federal, em especial o Ministério da Saúde, precisa urgentemente de ações de implantação de processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio.
Faz-se necessário o desenvolvimento de métodos de coleta e análise de dados, permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das informações e do conhecimento. Ainda, existe no Brasil emergências psiquiátricas separadas da emergência geral, o que vai na contramão da tendência mundial que é ter a psicologia e a psiquiatria como especialidades de suporte ao paciente em situação crítica.
